terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Reformador de Pianos


O Reformador de Pianos

Em francês, essa profissão leva o nome de lutier e, em português, por falta de tradução, é reformador de pianos mesmo. Muito comum na época em que o Rio de Janeiro mantinha um circuito de salões e recepções para a alta sociedade, hoje os profissionais que se dedicam a consertar pianos são circunscritos apenas ao mundo dos músicos.
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Um exemplar desta raridade é o senhor José da Gama, proprietário de uma oficina de pianos em Quintino Bocaiúva, bairro do subúrbio carioca. Trata-se de um sobrado do início do século XX, de paredes descascadas e de pé-direito alto em frente à estação de trem. O letreiro “O Rei dos Pianos”, já sem cor, não é capaz de revelar o espaço que a loja, fundada em 1938, esconde. No primeiro ambiente que, à primeira vista, parece ser o único, 10 pianos se encontram dispostos de maneira aleatória e não há distinção entre os reformados ou por reformar, entre os que estão ali para serem vendidos, alugados ou entregues a seus donos.
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Por um estreito corredor que se revela bastante comprido, se vêem salas onde são feitos trabalhos específicos. A primeira é a administração. Depois vem outra onde se conserta o maquinário do piano e uma terceira onde se enverniza as partes de madeira. No fim do corredor, percebe-se um cofre e uma máquina de bater ponto que, conforme garante Wallace Matos, administrador da loja, “não são usados há muito tempo. Estão aí só por estar”.
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O corredor desemboca em um galpão onde aproximadamente 50 pianos desmontados sofrem todo o tipo de reparos. À direita, uma outra sala, também apinhada deste instrumento, mantém a atmosfera escura de toda a loja. Ao todo são 10 funcionários. O senhor José da Gama diz que, como não tem lugar onde se aprenda o ofício, “um ensina para o outro” e aponta para um rapaz que segue o afinador a tira-colo.
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O lutier de Quintino conta que passou metade de sua vida – 32 de seus 63 anos – n’O Rei dos Pianos, mas lembra quando jovem, também se dedicava ao instrumento. Não que ele tenha aprendido a tocar piano na infância, mas porque trabalhou numa transportadora de pianos antes de ingressar na loja. Seu filho Marcelo também trabalha na oficina: “Desde menino eu ando por aqui!”.
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Seu José da Gama diz que, há 50 anos, o ramo de pianos era mais lucrativo: “Hoje o teclado e o piano eletrônico têm mais recursos e não precisa de tanto esforço”. Ainda assim, orgulha-se de tocar um negócio “100% artesanal” e cuja maior publicidade é o famoso “boca a boca”. Para o lutier, o segredo da sua loja está na credibilidade e na verdade. “O meu serviço é de qualidade porque meus produtos também são. Gerações de famílias são clientes nossos”.

http://dafresta.blogspot.com/

domingo, 23 de janeiro de 2011

QUEM FOI FRITZ DOBBERT

PROJETISTA DE PIANO
O alemão Fritz Wilhelm Ernest Otto Dobbert integrava a equipe que desenvolveu uma nova série de pianos para a Pianofatura Paulista, em 1958. Os modelos foram batizados com seu nome. A marca Fritz Dobbert foi lançada comercialmente no ano seguinte e se tornou a única a ser produzida pela fábrica. A série tinha três modelos verticais e um de cauda. O projetista vivia no Brasil e morreu há cerca de dez anos.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Serviços de hoje!

Bom hoje foi bem interessante, um piano da marca Pleyel com mecânica de dupla repetição, cordas cruzadas 3 pedais e 88 notas...

Afinado em 435Hz pois a idade do piano não suporta afinação padrão
tinha um pequeno problema de regulagem dos pedais que me deu um certo trabalho pra corrigir, principalmente o do abafador, foi corrigido.

o 2º piano um Schneider bom, foi feito uma revisão na maquina e regulagens afinado em 440Hz temperada piano inteiro e bem conservado.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

servioços de hoje!

Logo pela manhã... afinação de um piano da marca LUX que havia acabado de subir 10 pavimentos pela escada com a rapaziada do transporte. LUX, de boa qualidade, + ou - 55 anos, inteiro e modelo especial; na cor imbuia encerado (meu pai diz que a fábrica deste piano fechou porque lá faziam pianos de boa qualidade, piano que dura a vida inteira. Resultado:  a fábrica só vendia uma vez para aquele cliente).
A 2ª afinação foi no piano que está no Teatro Solar de Botafogo, um Fritz Dobbert, 1/4 de cauda, velho conhecido.  O Maestro Roberto Bahal estava lá e tudo ok !!!